CARTA DE AMY WINEHOUSE PARA INGRESSAR NA SYLVIA YOUNG THEATRE SCHOOL

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"A vida inteira fui barulhenta, ao ponto de me mandarem calar a boca. A única razão que eu tinha para isso era porque precisava gritar para ser ouvida na minha família. Minha família? É, vocês leram certo. O lado da minha mãe é bem legal, a família do meu pai é a extravagância cantante, dançante musical, tudo musicalmente pirado. Disseram-me que era dotada de uma bela voz, e acho que a culpa disso é do meu pai. Ao contrário do meu pai, de sua criação e seus ascendentes, quero fazer alguma coisa com o talento com o qual fui “abençoada”. Meu pai se contenta em cantar em voz alta em seu escritório e em vender janelas. Minha mãe, no entanto, é química. Ela é quieta, reservada. Eu diria que minha vida escolar e boletins escolares estão cheio de “poderia fazer melhor” e “não aproveita seu potencial máximo”. Quero ir para algum lugar em que possa ir até o meu limite e talvez mesmo além. Cantar em aulas sem que me digam para calar a boca (desde que sejam aulas de canto). Mas, principalmente, tenho um sonho de ser muito famosa. Trabalhar no palco. É uma ambição da vida inteira. Quero que as pessoas ouçam a minha voz e simplesmente... esqueçam seus problemas durante cinco minutos. Quero ser lembrada por ser uma atriz, uma cantora, por concertos repletos e shows lotados West End e na Broadway. Por simplesmente ser... Eu”.

Esta foi a carta que Amy Winehouse escreveu para ingressar na Sylvia Young Theatre School. Mas, ela tinha dificuldade em cumprir ordens (ela se negou a tirar o piercing do nariz), e foi convidada a se retirar da Sylvia Young Theatre School. Ela ficou muito triste, pois adorava a escola. Foi matriculada em outra, terminando seus estudos.

Acho que eu estava de férias. Meu filho tinha 15 anos e me chamou "vem cá ver uma coisa", eu fui e ele continuou "olha a letra da música dessa cantora". Passava o clip da música Rehab na MTV legendada. Sentei e assisti todo o clip. Ele me perguntou o que eu tinha achado e eu respondi "nada". Ela me impressionou pela voz, mas era muito nova e não dei valor... porém achei-a com atitude e diferente do resto das cantoras que cantam-dançam-representam. E a música grudou no meu cérebro. Eu só sabia a parte "no no no" e vivia cantarolando no serviço. Depois resolvi baixar a música e colocar em meu celular. No mês de maio (dia das mães) eu falei para meu filho que, se ele quisesse me dar um presente, poderia comprar o CD "daquela cantora que canta Rehab". Este foi o começo. Ele me deu. Descobri que a cantora tinha gravado um anterior àquele, comprei. Descobri que havia uma edição de luxo dos dois, CD duplo... comprei. Armazenei tudo em meu celular e não parei mais de ouvir até hoje. Foi assim que Amy Winehouse me fez esquecer de meus problemas durante cinco minutos e pelos cinco anos seguidos. Eu ouço Amy e simplesmente fico calma. Suas músicas com letras tristes são musicalmente alegres.

Hoje minha maior mania é deitar e ficar olhando as fotos dela que eu tenho no celular, até dormir...