Hoje, pela primeira vez, meu filho de sete anos externizou algo que ele realmente sentiu necessidade. Mas eu não precisava ter passado por isso, muito menos ele. Ele falou e eu deixei que falasse, era o momento dele, era o sentimento dele, não tive coragem de interromper. Quero realmente que ele fique bem, quero ajudá-lo. Não tenho o direito de fazer o que quer que seja.
Mas, realmente eu jamais esquecerei o dia em que ele relatou uma briga "familiar" à Psiquiatra com riqueza de detalhes. Briga esta em que fui vítima de um ser humano amargo, rancoroso e cruel que, eu espero, tenha saído de minha vida enquanto eu estiver viva. E que vá com ela as pessoas que estão junto dela, pessoas estas que nunca me ajudaram e só me trouxeram transtornos e tristezas... pessoas egoístas e hipócritas que acham que sofrem muito em suas vidas... estas pessoas não me fazem falta, não me dizem nada e não as quero perto de mim. Espero, com fé eu Deus, não vê-los mais enquanto eu estiver viva.
Gostaria muito de entender como as pessoas podem ser tão cruéis, mexendo em feridas que não sabem o quanto estão cicatrizadas e o que pode acarretar mexer nelas... o que move uma pessoa a falar mais do que a boca, a ridicularizar o outro e a se fazer de vítima depois. Apesar da dura realidade de hoje na Psiquiatra, em meio a seis médicos que ouviram o relato de uma criança de sete anos, eu pude constatar a pessoa que eu não quero ser se houver amanhã para mim, alguém como esta mulher, que não dá valor aos seus filhos, netos e bisneto que está para nascer. Alguém que não valorizou seu casamento e por isso quer atrapalhar a vida dos próprios filhos. Alguém que faz fofoca e intriga dentro do seio familiar de seus proprios filhos, que chama uma filha de coitada como se fosse o sobrenome dela, que se vangloria do estatus financeiro da outra e que quer, a todo custo, ver a ruína do único filho que tem, jogando em sua cara verdades que ela não tem como provar.
Realmente, parente é serpente.
Graças a Deus podemos escolher nossos amores e amigos, já que não escolhemos claramente nossos pais e mães.