TRADUZIR-SE
Uma parte de mim
È todo mundo
Outra parte é ninguém:
Fundo sem fundo
Uma parte de mim
É multidão
Outra parte
Estranheza e solidão
Uma parte de mim
Pesa, pondera
Outra parte delira
Uma parte de mim
É permanente
Outra parte
Se sabe de repente
Uma parte de mim
É só vertigem
Outra parte, linguagem
Traduzir-se uma parte
Na outra parte
Que é uma questão de vida ou morte
Será arte?
Este poema viveu junto de mim durante todos os anos da minha adolescência... saudades daqueles tempos. Eu, libriana como sou, vivia aérea, no mundo da lua literalmente falando... vivia de poesia, astrologia, cartas de tarot! Escrevia poemas... escrevia diários intermináveis... lia muito, ouvia muita música, MPB, Rock e as músicas que meu pai ouvia também, tangos, boleros, Roberto Carlos, Orlando Silva, valsas, óperas... Meu pai era um italiano que, quando jovem trabalhava muito e vivia a noite intensamente. Saudade dos meus pais, da nossa casa, dos amigos de infância, das brincadeiras de esconde-esconde com a Vivien e seus 10 irmãos. Do Benê (Nenê), a Renata, o Roberto, Iraci, Emery, Fátima, Eduardo, "Seu" Marcos, o Celso, o Douglas, Lilian, o Marcelo e a Fátima... Isabel, Elisângela. Alguns já morreram tão novos, na flor da idade e outros eu ainda tenho amizade. Muita saudade dos jogos de queimada, de soltar pipa no ar, bolinha de gude, andar de bicicleta, jogar futebol... Andar de bicicleta era a minha vida. Vivia em retiro espiritual, uma paz... mas, tudo na vida tem sua época. Eu vivi intensamente minhas fases, infância, adolescência e vivo até hoje ótimos momentos...
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