Em fevereiro decidi fazer uma dieta. Resolvi mudar a minha vida, me buscar e me achar novamente. Decidi viver a minha vida da melhor maneira possível. Me preparei três meses antes para uma reeducação alimentar. Não posso contar aqui como eu estava antes, claro que estava bem acima do peso, mas o problema não era só este. Eu estava doente, meu espirito estava doente... não tinha ânimo para nada, não conseguia fazer nada. É como se a esperança tivesse me abandonado e eu estivesse dentro de um tanque com água , querendo subir para respirar e só estivesse afundando... Sempre que precisei fazer uma dieta tive ajuda de medicação, tanto para emagrecer quanto para a ansiedade.
Quando comecei a dieta depositei todas as esperanças e expectativas nela. Sem remédio. Só alimentação. Comer de três em três horas, seis refeições por dia. Não sinto fome, sinto vontade de comer aquilo que sempre comi a minha vida toda. Com essa mudança alimentar passei a fazer tudo o que antes eu não tinha ânimo de fazer: bolos, tortas, arros gratinado, doces e sobremesas... cupcake's!! Refiz meu caderno de receitas e, hoje, tenho tudo renovado e não provei absolutamente nada. A dieta é rigorosa, posso comer aquilo que está dentro da reeducação alimentar e com os horários do meu organismo, que não foge muito aos horários habituais de refeições.
Comer é uma necessidade mas, se exagerarmos, pode se tornar um vício... Se eu preciso de reeducação alimentar é porque em algum momento fui deseducada, deselegante, exagerada! E fui mesmo. Sempre fui desenfreada. Hoje estou tentando controlar isso. Já consigo controlar meus impulsos, me auto-controlar. Não é uma coisa fácil para quem se sente viciada em comer e é igual a qualquer outro vício, seja álcool ou drogas, comer também faz muito mal. Se nos sentimos descompensados, compensamos com a comida. Engordamos e nos sentimos depressivos. Comemos para aliviar a depressão e engordamos mais. É uma verdadeira bola de neve que estou tentando vencer dia após dia. E, ao longo de cinco meses, emagreci 29,10 kg.